Deixem-me partilhar um momento. Hei-de guardá-lo no aperto que me ficou na garganta, na ternura do olhar, no futuro que espreitava de um lugar imprevisível - uma estação de serviço, algures a caminho de Sines.
Deixem-me partilhar o sorriso, andorinha de beiral, à procura da vida.
Deixem-me experimentar as palavras . Mas, por favor, não me deixem a falar sozinha. ajudem-me a dizer que sim, que se faz um ninho de um qualquer lugar.
Deixem-me ler-vos tambem. O sopro das vossas palavras empurrará as minhas para fora do ninho
Quem é que consegue dizer não a um pedido feito desta maneira? Posso responder-te com palavras de outros, devidamente "aspeadas"? (Ai, se o R.D. vê isto!!!) Diz que sim... o esforço de procurar as que abraçarão as tuas, como velhos amigos que se reencontram, mostra o meu apreço, verdade?
ResponderEliminarNão tenhas medo, as tuas palavras nunca ficarão sozinhas, elas são como as pedras dessa foto que com todo o seu corpo deram origem a um telhado, uma rua ou calçada. As tuas palavras darão origem a asas de novos sonhos e criarão a sinfonia do mistério da escrita e na paleta de céu e barro a adorinha desenhará uma nova paisagem onde o futuro acorda sempre dourado e o poente não é o fim , mas um recomeço.
ResponderEliminarSim, Leonor, é muito verdade que "se faz um ninho de um qualquer lugar". Sabes o que é que o teu poste me fez lembrar logo? De certos alunos nossos da noite (será que também do dia?), para quem a escola (no estado em que está e a oferecer o que oferece) constitui o único ninho com algum calor nas suas vidas (como qualquer pássaro ferido, também dão bicadas fortes, e com frequência...) É assim...
ResponderEliminarNão seremos nós também andorinhas "de beiral, à procura da vida"?
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