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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lisboa...


Lisboa acordou cedo, na pressa de ser azul. Gaiata, desceu a Avenida, balançando as ancas, gritando pregões antigos e baixando a cabeça , não fossem os braços das árvores lhe despentearem os cabelos.
Vai à procura do Tejo que, nestes dias claros de Verão, brinca que é mar e espreguiça-se, iluminando a cidade, sua amante, com quem dormiu a noite toda, embalado num fado que vem não sei de onde e vai por aí, à procura de mundo.
Talvez fosse esta a Lisboa do meu antigamente. Porque, agora, apenas guarda o azul, o céu claro de outros tempos, o grito silencioso dos pregões e mais nada. Estava um bocadinho triste a cidade, esta manhã. Vazia. Fechada. O passado esconde-se atrás das grades que cerram as montras, as portas, os olhos dos empregados (poucos, já) que olham o deserto das ruas.
Lisboa tem saudades de ser feliz, de não ter medo das esquinas, de vender flores aos namorados. Lisboa tem saudades de ser azul. E eu, tenho saudades de Lisboa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

ABRAÇO AZUL


( a propósito da exposição "Abraço Azul " de Carla Cabral, Galeria dos Prazeres)


Guardo as minhas palavras neste abraço azul. Redondo como todos os abraços. Fecho-as num coração que se desenha na linha perfeita da filigrana e penduro-o ao peito.
Ato as minhas palavras ao bordado das formas e deixo-as ser mar, porque azul. Deixo-as ser maré e envolver as telas. Deixo-as entrar em cada quadro para dizer que há gritos que escondem silêncios, que há braços à espera de abraços, que há segredos (quase) meninos à espera de tempo, que há sonhos (quase) reais à espera de vez.
Perdi palavras pelo caminho. Deixei-as nos olhos que fechei e enterrei no colo, outra vez. Foi então que uma ave, a asa de uma ave, o sopro azul do voo de uma ave as salvou. Um abraço. Redondo. Azul. Um abraço apertado como são todos os abraços.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Venham sempre...

Não riam. Mas fiquei com saudades dos meus companheirinhos de blogue. Fiquei com saudades dos comentários e dos mimos. Fiquei com saudades das gargalhadas da Agapê, dos cuidados da Nanda, da ternura da Seni, da força da Tina, do apoio do Jordas, da seriedade da Nobita. Fiquei com saudades da Dêpê que eu tinha perdido há tantos anos e que agora voltou, disponível, para me ensinar estas coisas dos tempos novos.
Não riam. Ainda ninguém se foi embora e

Ok! Vai passar… até porque percebi que este é mais um lugar de encontros, mais um sítio onde se vê os amigos, mais um lugar nosso.

Um agradecimento especial à Dêpê. Por causa dela, fizemos aqui um ninho. Por causa de um tempo que ela faz render e de uma força que parece não acabar.
Um beijo a todos. Boas Férias. Fico à espera que apareçam. Eu digo o que diziam as velhas da minha meninice:
- Venha sempre!

domingo, 12 de julho de 2009

Ao M&M e aos outros


Passamos o ano a sonhar com Julho, mas quando a última actividade se realiza, há um travo amargo na boca, apesar das gargalhadas, apesar da alegria, apesar do sol e do calor. Talvez porque se fecha alguma coisa. Talvez porque se acaba sempre por perder algumas pessoas que nos acompanharam ao longo de parte da nossa vida. Talvez porque.
Hoje, aproveito este lugar que a Dêpê nos mostrou, para agradecer a todos os que, ao longo deste ano (e dos outros,claro!) contribuíram para que a minha vida fosse mais feliz, enfeitando-a de gargalhadas, de palavras boas “das que nos beijam como se tivessem boca”, de abraços redondos e quentes, de gestos-beijos.
Passem por aqui, de vez em quando. A minha casa é a vossa casa. E, para o ano, nas Mercês, em S. Martinho, ou noutro sítio qualquer, sempre que precisarem de mim, contem comigo!