- Eu vou.
É esta a chave desta semana. O verbo ir reveste-se de um significado maior, porque coragem, porque serviço, porque caminho que se faz, acertando os passos com o coração.
Os jovens entendem esta linguagem. Sabem que as mãos servem para dar, que os braços servem para abraçar e que as palavras têm o poder de salvar e perdoar e beijar e mudar a ordem do universo.
Alguns são chamados. Especiais. Os fortes respondem,
- presente,
mesmo sabendo o que isso significa de entrega, de despojamento, de escolhas. Procuram, então, o seu lugar, a melhor maneira de seguir as pegadas que Deus deixou na areia do chão. Deixam as redes arrumadas na praia, libertam-se do que não vai ser preciso e deitam fora tudo o que pesa. Sabem que a vida vai ser outra e que o caminho é para lá, sempre para lá, para mais perto das gentes, para mais perto de si.
Quem aceita o desafio, levanta a âncora, prepara a luz para alumiar as noites, põe a esperança na bagagem, deixa no cais a saudade do que fica e vai. Segue o caminho que escolheu. Porque nesta viagem, é possível escolher: entre carismas e talentos, entre silêncios e palavras, entre o amor e o amor. Esta é a escolha definitiva. Igual para todos os serviços, igual para todas as marés.
- Eu vou
é a decisão da generosidade, o grito jovem de quem não tem medo da voz do vento que chama pelo seu nome, de quem não tem medo de arrumar os passos, de arrumar a vida, de procurar a razão para a sua felicidade.
Quem vai, vai. Mesmo sabendo das tempestades e da intensidade dos sóis que parecem derreter as coragens. Mesmo sabendo que, às vezes, será um navegador solitário que luta contra a indiferença do mar.
Quem fica prepara o mar. Alisa as ondas para facilitar o caminho. Fica às portas dos regressos para poder ajudar.
É preciso não ter medo de escutar. O seu nome é o mais bonito de todos os nomes. Vá. A decisão de ir é sua. Leve um abraço para o caminho.
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